quinta-feira, 25 de junho de 2009

Tempo.

Tenho saudades de um futuro passado no presente de todos os dias que não são meus.







Para amanhã prevê-se céu muito nublado, diminuindo gradualmente a nebulosidade a partir da tarde. Ocorrência de chuva fraca e vento em geral fraco serão também as previsões.

sábado, 20 de junho de 2009

Ponto final.

Se eu fosse um sinal de pontuação era um ponto de exclamação.



Não era um travessão que é quando tudo começa.



Nem era os dois pontos que deixam sempre o outro falar.



Nem as aspas que falam pelos outros.



Nem era parenteses que prendem as palavras.



Nem uma virgula que nunca começa nem acaba nada.



Nem era reticências que deixam tudo por acabar.



Nem era um ponto de interrogação que não sabe o que quer.



Nem era outro qualquer sinal gráfico que esteja na gramática ou que algum poeta tenha inventado... Era só um ponto de exclamação pra sentir tudo de todas as maneiras!




E tu acabas este texto. Sim, tu és o ponto final.




Daniel


sexta-feira, 19 de junho de 2009

Em branco.

Tenho a cabeça cheia de nada...
Não estou inspirada.
Estou grávida de palavras abomináveis, secas, absurdas...
Hoje as palavras são como filhos que quero matar logo à nascença.
Não vou escrever porque não quero ouvir nenhuma sentença nem cumprir nenhuma pena, que presa já ando eu a mim...
Portanto, para todos os efeitos esta folha está em branco.

terça-feira, 16 de junho de 2009

O que eu sinto não é o que escrevo







E se dissesses o que dizes a ela, (á outra que me partilha) a mim (áquela que não pode escutar o que tu dizes, porque está presa aos sonhos impossiveis) ? Aquela que te não quer por já ter quem a queira não te ouve; mas aquela que tem quem a queira e na mesma te deseje a ti, quer ouvir-te...





E se dissesses?







Achas que eu me importava? Achas que caía dos braços do sonho para os teus braços reais que quero e tenho, mas só em sonho?






Não passas de um amor de uma noite...








Um amor que eu sonho de noite, um amor que se fosse amor não ia além de uma noite, um beijo, um fulgor... Se amor se chama e não atracção! Ambos se confundem e me confundem e confudem o confuso de tão confuso que está perante a confusão de confusões confusas.







O meu destino já eu o tenho traçado na palma da minha mão e por mais que o tente apagar não o apago pra cair no vazio de uma ilusão sem rosto... Não, eu não o apago, mas tambem nao apago o sonho porque o meu inconsciente, ou consciente ou o que em mim há de mais profundo e obscuro não tem rédeas. E viver sem sonho é viver sem nós mesmos.







Quantas menos esperanças me dás, quanto mais me ignoras, quanto mais te me não dás a provar, mais eu sonho e mais me afundo no turbilhão do absurdo que é sonhar-te sem o querer.








E tu nem sonhas...





E eu bem finjo...











Roxo

quarta-feira, 3 de junho de 2009




"...uma confissão de que a vida não basta."




Fernando Pessoa