terça-feira, 16 de junho de 2009

O que eu sinto não é o que escrevo







E se dissesses o que dizes a ela, (á outra que me partilha) a mim (áquela que não pode escutar o que tu dizes, porque está presa aos sonhos impossiveis) ? Aquela que te não quer por já ter quem a queira não te ouve; mas aquela que tem quem a queira e na mesma te deseje a ti, quer ouvir-te...





E se dissesses?







Achas que eu me importava? Achas que caía dos braços do sonho para os teus braços reais que quero e tenho, mas só em sonho?






Não passas de um amor de uma noite...








Um amor que eu sonho de noite, um amor que se fosse amor não ia além de uma noite, um beijo, um fulgor... Se amor se chama e não atracção! Ambos se confundem e me confundem e confudem o confuso de tão confuso que está perante a confusão de confusões confusas.







O meu destino já eu o tenho traçado na palma da minha mão e por mais que o tente apagar não o apago pra cair no vazio de uma ilusão sem rosto... Não, eu não o apago, mas tambem nao apago o sonho porque o meu inconsciente, ou consciente ou o que em mim há de mais profundo e obscuro não tem rédeas. E viver sem sonho é viver sem nós mesmos.







Quantas menos esperanças me dás, quanto mais me ignoras, quanto mais te me não dás a provar, mais eu sonho e mais me afundo no turbilhão do absurdo que é sonhar-te sem o querer.








E tu nem sonhas...





E eu bem finjo...











Roxo

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