Foi numa rua da cidade que a vi.
Rapariga morena,
gabardine escura,
guarda-chuva na mão.
Chovia.
Passa e sorri.
Aquela figura pequena
emanava a frescura
de uma canção
sem melodia.
E os transeuntes ali,
indifrentes àquela terrena
imagem de deusa tão pura;
mas eu bem vi no seu coração
um sol que ali vivia.
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