sábado, 5 de dezembro de 2009

Barulhos.

os nossos risos foram abafados pelo barulho ensurdecedor do bater do meu gigante coração.

na ânsia desesperada de o calar, calei o teu também.

agora no meu peito reina o silêncio.





"(...)eu abro a dor de ser quem sou, de tudo amar."

3 comentários:

  1. "O Silêncio"

    "Peço apenas o teu silêncio,
    como uma criança pede uma flor
    ou um velho pedinte um bocado de pão.
    Um silêncio
    onde a tua alma se embrulha, friorenta,
    trémula, à aproximação das invernias.
    Um silêncio com ressonâncias de antigas primaveras,
    de outonos descoloridos
    e da chuva a cair no negrume da noite.

    - Vá, motorista de táxi,
    transporta-me
    através das ruas da cidade inextricável,
    vertiginosamente,
    buzinando, buzinando,
    abafando o ruído de um outro silêncio!"

    Saúl Dias, in "Essência"


    Eu não sei falar de amor, Raquel...
    Sei o que me ensinaste, e basta.

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  2. Sim fui, obrigada (:
    Quando sai do coração, fica assim (:
    Tal como este teu excerto, está bem profundo, e como eu te entendo! (:
    Um beijo.

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  3. eu sou ninguém, e gosto disso.
    apesar de ninguém (que sou eu) gostar de ser ninguém (se é que me entendes), ninguém (eu, novamente) gosta de procurar um ou outro alguém (ou, quem sabe, outro ninguém).
    (viva a internet)
    posto isto, queria dizer que ninguém descobriu o teu blogue, e só parou quando não havia mais "barulhos".
    ninguém gostava também de dizer, que isto não é uma mensagem de força, nem de elogios ou críticas à escrita. não tem um sentido ulterior ao principal.
    sendo o sentido pricipal que ninguem (eu) leu o teu blogue todo. e ninguem (eu) gostou.
    ninguém vai ficar atrás dos arbustos, à "coca", à espera de mais dos teus "barulhos".
    mas vai ser segredo.
    porque, afinal de contas, eu sou ninguém.
    e ninguém está aqui.

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