Vós, nossos anjos-guerreiros cativos,
Que pela formosa e fresca Liberdade
De amor perdidos e, assim soltos e vivos,
Marcharam sobre as ruas da cidade:
Armas na mão, coragem no coração.
Trouxeram o povo unido, quais crentes,
Movidos ao som da esperançosa canção
E passos de soldados, capitães e tenentes
Fervorosos, ansiosos, gloriosos.
Essa luta feroz mas desarmada
Prostrou os muros andrajosos
Sob o verniz já quebrado da calçada.
E em divino espectro celestial,
A Liberdade se levantou e beijou
Todo este nosso pequeno grande Portugal,
E plantou em cada peito de guerreiro
Um cravo vermelho e um voo de gaivota.
E foi por vós, por nós, povo aventureiro,
Que traçámos na História nova Rota.
"Dentro de ti, ó cidade / O povo é quem mais ordena (...)"
Cara Raquel Valverde
ResponderEliminarsó tenho uma palavra para isto
:
Fantástico
Sem duvida com uma qualidade invejável
Eu gostei :)
ResponderEliminarA conquista da liberdade foi verdadeiramente um feito imenso, mas penso que o povo Português de hoje acostumou-se demasiado recordar feitos passados.
Porque, o que hoje mais me assusta em ver a Nação Portuguesa é o facto de ficar lá sentado na cadeira da sala (Feriado nacional, não trabalha) a ver a televisão e encher-se de honra por ser Português.
"Olha, aqueles em 74 é que eram".
Calhava bem agora:
"Senhor, falta cumprir-se Portugal."
Mas enfim, politiquices.
Daqui a uns anos está o "próximo povo" a estudar Raquel Valverde (O FP começa a passar à história) ;)
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