quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Maresias.



Mar revolto trago abrigado neste peito.
Mil naufrágios guardo, sem ponta de despeito
A quem em mim vê a sua própria tormenta,
Essa maré sem rédea, que este coração acalenta.                                  






Mas sempre vieste enfim, na volta da maré...
E à tormenta que me atormenta, 
trazes bonança e um pouco de fé.


(meu Capitão Romance).
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domingo, 16 de janeiro de 2011

Ça sert a quoi?







Não peças a este coração desafinado mais que uma melodia a dois, condensada num suspiro.
(Shiu, ela não pode ouvir-nos.)






- Ça sert a quoi l'amour?

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Perfect.





"I know we're just like old friends
We just can't pretend
That lovers make amends
We are reasons so unreal
We can't help but feel that something has been lost


But please you know you're just like me
Next time I promise we'll be perfect


Perfect
Perfect strangers down the line
Lovers out of time
Memories unwind


So far I still know who you are
But now I wonder who I was...


Angel, you know it's not the end
We'll always be good friends
But the letters have been sent on


So please, you always were so free
You'll see, I promise we'll be perfect
Perfect strangers when we meet
Strangers on the street
Lovers while we sleep


Perfect
You know this has to be
We always we're so free
We promised that we'd be
Perfect
Perfect
Perfect..."



 
Tu fazes de conta
E eu finjo que acredito em ti.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Definição de amor.

amor, s.m. sentimento que nos impele para o objecto dos nossos desejos; objecto da nossa afeição; paixão; afecto; inclinação.





(E as palavras lamechas?
E os corações galopantes?
E o calor de um beijo roubado?
E as promessas da eternidade vã?
E o fulgor de um toque improvisado?
E o sorriso que se escapa e se funde noutro igual?
E o ridículo fluir de reacções químicas no cérebro e no corpo?)





O dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora, 6ª edição não sabe nada sobre o amor.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Torre de marfim.







O teu querer-me tanto, desmesurado,
deixa-me sem querer voltar sóbria a mim.
É que o amor que me trazes, já usado,
prende-me a alma numa infinita torre de marfim.

Medras caminhos escuros, o mar ousado,
matas bestas, corres mundos sem fim!
E eu nesse castelo em quimera inventado,
espero por quem não queira querer-me, enfim...