Que se quebrem os votos de castidade!
Tragam-me a volúpia toda das palavras
Todas, nesse grande cálice da vaidade.
Dai-me a provar o sabor das mãos tão frias
Neste inverno demasiado, que mas sequestrou.
Deixai-me dar à luz as tão impuras crias.
Quero beber num trago todo o excesso que sou,
Romper as tranças em que o convento me tomou.
Hoje sou toda alma carnal, e às palavras me dou.