domingo, 20 de janeiro de 2013

Às palavras.








Que se quebrem os votos de castidade!
Tragam-me a volúpia toda das palavras
Todas, nesse grande cálice da vaidade.

Dai-me a provar o sabor das mãos tão frias
Neste inverno demasiado, que mas sequestrou.
Deixai-me dar à luz as tão impuras crias.

Quero beber num trago todo o excesso que sou,
Romper as tranças em que o convento me tomou.
Hoje sou toda alma carnal, e às palavras me dou. 

4 comentários:

  1. "A flecha deixa de pertencer ao arqueiro, quando abandona o arco; e a palavra já não pertence a quem a profere, uma vez que passe pelos lábios."

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  2. Quando voltas a escrever no blog? Quase um ano volvido, quase um ano de silêncio bloguista!
    Escreve, dá-nos o teu sentimento, pois nós damos o nosso comentário.
    Volta, pois temos saudades tua; volta com o encanto doutrora!

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  3. https://www.youtube.com/watch?v=0iBfUX4LH7I

    gostei muito do que li até agora.
    vou passar a seguir.
    espero que voltes a escrever visto que, pelo que parece, andas meio desligada.

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    Respostas
    1. Obrigada pelas palavras.
      As prioridades neste momento não são a partilha das palavras escritas. Talvez um dia volte a escrever aqui.

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