quarta-feira, 27 de abril de 2011

Não (te) escrevo.

 
 
 
Numa contradição aparente, eu, eterna amante das palavras, não te escrevo.





(escrevo antes,
nas linhas do teu corpo,
 palavras invisíveis aos olhos que não os nossos.)










domingo, 17 de abril de 2011

Tururururu ruru.



"E com um brilhozinho nos olhos
Tentámos saber
Para lá do que muito se amou
Quem eramos nós
Quem queriamos ser
E quais as esperanças
Que a vida roubou
E olhei-o de longe
E mirei-o de perto
Que quem não vê caras
Não vê corações.
(...)"

- Sérgio Godinho, Com um brilhozinho nos olhos




sábado, 9 de abril de 2011

Credos.

 
 
Quisera querer-te menos
E menos querer teria em querer-te tanto
Como quero.






-Crês-me, meu amor, na medida em que te quero?

sábado, 2 de abril de 2011

Compreensão.


Deixemo-nos de palavras gastas, vagas, desprovidas de sentidos literais ou literários.

Deixemos as folhas em branco:  interrogação constante sobre o que deveria ser escrito, "dito", expresso, impresso, riscado ou (in)conscientemente apagado.


Deixemos de nos traduzir, em sentidos duplos e subjectivos, em caracteres desenhados, dactilografados, pintados, redigidos numa letra perfeitamente delineada.

Deixemos de escrever todo o tipo de qualquer texto ou não texto, que possa ser entendido minimamente por qualquer membro de uma sociedade escrava de uma literacia enganosa.





Paremos.



- Que o silêncio de uma folha de papel também tem o direito a ser
lido,
 interpretado,
digerido
e dignamente estudado.
(E quem sabe, na sua falta de possível compreensão, compreendido.)







- Querias dizer alguma coisa?