sábado, 2 de abril de 2011

Compreensão.


Deixemo-nos de palavras gastas, vagas, desprovidas de sentidos literais ou literários.

Deixemos as folhas em branco:  interrogação constante sobre o que deveria ser escrito, "dito", expresso, impresso, riscado ou (in)conscientemente apagado.


Deixemos de nos traduzir, em sentidos duplos e subjectivos, em caracteres desenhados, dactilografados, pintados, redigidos numa letra perfeitamente delineada.

Deixemos de escrever todo o tipo de qualquer texto ou não texto, que possa ser entendido minimamente por qualquer membro de uma sociedade escrava de uma literacia enganosa.





Paremos.



- Que o silêncio de uma folha de papel também tem o direito a ser
lido,
 interpretado,
digerido
e dignamente estudado.
(E quem sabe, na sua falta de possível compreensão, compreendido.)







- Querias dizer alguma coisa?

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